Este evento foi organizado
pela EAPADI, cujo objetivo é capacitar para
o trabalho da pastoral do dízimo nas paróquias e comunidades da Arquidiocese.
O assessor do segundo
módulo foi o Sr. Eliezer Martins (missionário da EAPADI).
Os temas trabalhados foram os seguintes:
-
O perfil e as atribuições do coordenador de pastoral do dízimo;
-
Planejamento e Plano de ação;
- Pauta de reunião.
Participaram deste módulo apenas 29 pessoas (coordenadores e membros das
equipes de pastoral do dízimo das paróquias da Arquidiocese).
Confira o resumo do
conteúdo trabalhado e algumas fotos do evento:
CONTEÚDO:
CURSO
DE FORMAÇÃO DE COORDENADORES
2º
MÓDULO
I TEMA: O PERFIL E AS ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR DE
PASTORAL DO DÍZIMO
1) Coordenador
a) O chamado
Todos
somos chamados a fazer parte da Igreja, povo de Deus (Mt 11, 28-30); (Mc
13,13-19) e às vezes também convidados
a desempenhar determinados serviços nesta (Mt 10,5-25). Porém, à medida que ASSUMIMOS LIVREMENTE esse
convite, devemos desempenhá-lo com RESPONSABILIDADE.
b) O significado do
chamado
Assim, ser coordenador de pastoral do dízimo,
entre outras coisas, significa exercer um SERVIÇO pastoral na
Igreja.
c) As atitudes de quem serve
As atitudes devem
ser de humildade;
equilíbrio; autoridade; parcimônia (calma, paciência)...
d)
O que é necessário para ser coordenador de pastoral do dízimo?
1º) Ser cristão católico;
2º) Se identificar com a pastoral do dízimo;
3º) Participar das formações, encontro mensal e
reuniões da região episcopal e/ou da EAPADI;
4º) Seguir as orientações/atribuições da pastoral do
dízimo – Arquidiocese.
3)
O perfil do coordenador
Ser referência; ser acolhedor; ser alguém que escuta; ser misericordioso...
4)
As atribuições do coordenador de pastoral do dízimo
- Articular a
pastoral, promovendo um relacionamento respeitoso e fraterno entre os membros
da equipe; promover a unidade entre as outras pastorais da paróquia; distribuir
tarefas entre os membros da equipe; promover, com o consentimento do pároco,
cursos de formação, espiritualidade, encontros, estudo bíblico...
5) Linguagem e postura do coordenador
a) Linguagem
A linguagem do
coordenador de pastoral do dízimo deve ser a
mesma linguagem da Bíblia, a mesma linguagem da Igreja Católica.
Isso significa dizer que o coordenador
deve falar acerca do dízimo à luz da Bíblia e de acordo com a
orientação da Igreja católica. Pois estar falando de dízimo dos cristãos católicos.
b) Postura
A mesma postura de
Cristo. Isso significa dizer que deve: conhecer
aquilo que anuncia; acreditar naquilo que anuncia; viver aquilo
que anuncia; amar aquilo que faz.
II TEMA: PLANEJAMENTO E PLANO DE AÇÃO
1)
Planejamento
Consiste em diagnosticar o problema; apontar soluções
(ações); selecionar as prioridades; para depois elaborar estratégias a fim de se alcançar os resultados.
Planejamento
estratégico na pastoral do dízimo
Entende-se por pastoral do dízimo uma organização da
Igreja formada por equipe de pastoral
e dizimistas. Logo, planejamento
estratégico da pastoral do dízimo consiste em verificar: os pontos
fortes e fracos da pastoral; as oportunidades e
ameaças.
Para isso deve-se fazer a análise de swot que
consiste em verificar:
a)
O ambiente interno:
Equipe e dizimistas.
Exemplos:
Pontos fortes: apoio
do padre, boa arrecadação do dízimo, sala para fazer reunião da equipe etc.
Pontos fracos: falta
de prestação de conta do dízimo arrecadado, membros da equipe envolvidos em
outras pastorais, pouca participação nas reuniões da equipe, falta de formação
para os membros da equipe etc.
O ambiente interno
Pode ser controlado pela coordenação da equipe, uma vez que ele é resultado
das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros desta. Dessa forma,
durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado
ao máximo; e quando for percebido um ponto fraco, a equipe deve agir para
controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu efeito.
b)
O ambiente externo
Paróquia: religiosos (vigário, diácono, freiras,
seminaristas), coordenadores e membros de outras pastorais, grupos, movimentos,
conselhos (COPAE, CPP).
Sociedade: organizações
governamentais e não governamentais, outras religiões cristãs.
-
Quais são as oportunidades? Quais sãos as ameaças?
Exemplos:
Oportunidades: Conhecer como as
outras religiões ou paróquias trabalham o dízimo; participar de cursos
ofertados por organizações governamentais (Universidades, SENAC, SEBRAE) e não governamentais
(IPAR, CCFC, EAPADI).
Ameaças: Influência de outras religiões sobre
a interpretação bíblica do dízimo (obrigatório, pagamento etc), bingos, rifas,
falta de recurso para investir em formação pessoal, tais como: cursos, oficinas
etc. Falta de apoio da família.
O
ambiente externo
Está fora do controle da equipe. Mas, apesar de não poder controlá-lo, esta
deve conhecê-lo e monitorá-lo com frequência de forma a aproveitar as
oportunidades e evitar as ameaças. Evitar ameaças nem sempre é possível, no
entanto, pode-se fazer um planejamento para enfrentá-las, minimizando seus
efeitos.
O que fazer?
Como se observa, o planejamento
estratégico serviu para se verificar os problemas (os pontos fracos
e ameaças) e apontar soluções para estes (ações).
As ações
apontadas para resolver e/ou amenizar os problemas são
todas as necessidades que a pastoral do dízimo tem.
É óbvio que nem
sempre é possível a pastoral realizar todas as suas ações (necessidades) num
curto espaço de tempo (um ano, por exemplo). Por isso esta deve selecionar suas
prioridades, ou seja, deve selecionar as
ações urgentes (prioridades), a fim de que possa aos poucos ir resolvendo
ou amenizando os problemas encontrados no diagnóstico.
2) Plano de ação
Elementos que compõem o
plano de ação:
- Justificativa, Objetivos, Metas,
Público alvo, Atividades, Recursos, Avaliação, Cronograma, Referências.
I – JUSTIFICATIVA
A
justificativa é a razão que levou a equipe de pastoral do dízimo decidir
desenvolver determinada atividade.
Exemplos
de razões que podem justificar um Plano de Ação:
1)Porque a maioria dos
paroquianos envolvidos em outras pastorais ainda não é dizimista.
2)Porque aumentou as
despesas da paróquia.
3)Porque vários dizimistas
deixaram de consagrar o seu dízimo etc.
II – OBJETIVOS
Geral
É aonde a equipe quer chegar.
Exemplo:
Fortalecer o trabalho da Pastoral do Dízimo, a fim de que os cristãos católicos
possam se tornar cada vez mais corresponsáveis pela vida da paróquia.
Específicos
São
as ações que a equipe fará para alcançar o objetivo geral.
Exemplos:
- Promover encontro mensal
da equipe de pastoral do dízimo;
- Visitar os não dizimistas;
- Promover palestras sobre o
dízimo envolvendo todos os paroquianos.
III – META
É o
resultado concreto das ações da equipe.
Exemplos:
1) Realizar 09 encontros ou
reuniões;
2) Realizar 10 visitas;
3) Fazer 04 palestras;
4) Aumentar a arrecadação do
dízimo de 60% para 80%.
IV - PÚBLICO ALVO
É o destinatário / são os destinatários
que a equipe quer atingir.
Exemplos:
- Equipe do dízimo;
-Dizimistas (aprofundar);
-Não dizimistas (ampliar).
V
– ATIVIDADES
São
as urgências ou prioridades.
Exemplo:
- Encontro de mensal;
- Visitas periódicas às
casas dos não dizimistas (aproveitar este momento para ler e comentar trecho da
Bíblia, tirar dúvidas acerca do dízimo e oferta, convidar para participar da
missa e/outros eventos da pastoral do dízimo);
- Palestras sobre o dízimo envolvendo
todos os paroquianos.
VI – RECURSOS
São
os elementos necessários para realização das atividades.
- recurso humano (são
todas as pessoas que fazem parte da equipe).
- recurso material (sãos
os materiais que a equipe irá precisar. Exemplo: data show, sala para reunião,
caixa de som, apostilas etc).
- recurso econômico (é o
dinheiro que a equipe irá precisar para custear as despesas).
VII – AVALIAÇÃO
É a
maneira pela qual a equipe irá saber se as ações estão dando certo. Se deve
continuar, ou seja, durante a realização do Plano, fazer avaliação para
verificar se os objetivos e metas estão sendo alcançadas.
VIII
– CRONOGRAMA
Dá uma visão geral acerca do Plano de Ação.
Etapas
de execução
|
Períodos
de execução
|
- Levantamento das necessidades |
- Outubro de 2015 |
- Seleção das prioridades |
- Novembro de 2015 |
- Elaboração Plano de Ação |
- Dezembro de 2015 e janeiro de 2016 |
- Período de execução |
- Fevereiro a novembro de 2016 |
- Avaliação final / confraternização |
- Dezembro de 2016 |
REFERÊNCIA
É a fonte / base do Plano.
Exemplo: Plano de Pastoral da Arquidiocese e/ou Paróquia Documento
da Igreja etc.
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
1)
Exemplos de atividades
a)
Encontro ou reunião mensal da pastoral do dízimo
MÊS
|
DIA
|
HORA
|
LOCAL
|
ASSUNTO
PRINCIPAL
|
FEV
|
15
|
8h às 10
|
Sala da equipe da pastoral
|
Espiritualidade
|
MAR
|
16
|
8h às 10
|
Idem
|
Troca de experiência
|
ABR
|
17
|
8h às 10
|
Idem
|
Vídeo sobre...
|
MAI
|
15
|
8h às 10
|
Idem
|
Estudo sobre...
|
JUN
|
17
|
8h às 10
|
Idem
|
Avaliação
|
AGO
|
16
|
8h às 10
|
Idem
|
Estudo sobre...
|
OUT
|
13
|
8h às 10
|
Idem
|
Avaliação / Planejamento
|
NOV
|
15
|
8h às 10
|
Idem
|
Planejamento
|
DEZ
|
10
|
8h às 10
|
Salão paroquial
|
Confraternização
|
b)
Calendário de eventos
EVENTO
|
DIA
|
HORA
|
LOCAL
|
PÚBLICO
|
RESPONSÁVEL
|
Palestra
|
23/04
|
19h
às 21
|
Salão
paroquial
|
Equipe
da Pastoral X
|
Paulo e Maria
|
Visitas
|
15,
16,17/05
|
9h
às 12h
|
Comunidades
A, B, C, D...
|
Pessoas
afastadas da Igreja
|
Equipe
da Pastoral X
|
III TEMA: PAUTA DE REUNIÃO
Qualquer encontro
entre pessoas que têm como objetivo, resolver um problema ou tomar uma decisão.
A reunião típica tem um propósito claramente definido, sintetizado em uma
pauta, que deveria ser divulgada com antecedência.
02- Objetivos de uma
reunião
-
Transmitir informações ou conselho;
-
Divulgar instruções;
-
Lidar com reclamações ou arbitrar;
-
Outros...
03 - Objetividade da
reunião
Você deve:
-
Estudar todo o material que irá circular antes da reunião;
-
Começar e terminar no horário;
-
Seguir a pauta impecavelmente;
-
Outros...
04 - Definição da
pauta
- A pauta deve conter detalhes sobre data,
horário, local e objetivos;
- Deve ser específica quanto ao objetivo
principal;
- O tempo estipulado para cada item deve
servir como indicativo de prioridade;
-
Outros...
05 - Como ser visto e
ouvido
- A primeira impressão é a que fica;
- Os fatos devem estar corretos porque você
pode ter apenas uma chance de intervir;
- Qualquer equivoco cometido durante sua
intervenção deve ser corrigido no ato;
-
Outros...
06 - Como ouvir os
outros
-
Demonstre interesse no que uma pessoa está dizendo, ela pode precisar de encorajamento;
-
Não interrompa ou aparece uma pessoa que está falando;
-
Fique atento para a linguagem corporal e tom de voz;
-
Outros...
07 - Habilidades
pessoais do condutor da reunião
-
Ser firme para se manter dentro do horário e para lidar com problemas;
-
Saber resumir ideias;
-
Ser flexível ao lidar com os diferentes tons e estilos dos participantes;
-
Outros...
08 - Como impor o
ritmo da reunião
-
Sempre insista em começar os trabalhos no horário previsto;
-
No começo da reunião, informe aos presentes o tempo de duração;
-
Deixe os atrasados perceberam que tal comportamento é improdutivo;
-
Outros...
Pontos positivos e
negativos dos participantes
09 - Pontos
negativos
-
Checar o relógio com frequência;
-
Olhar pela janela;
-
Remexer nos papeis;
-
Outros...
10 - Pontos
positivos
-
Apresentar postura aberta, com braços e mãos relaxados;
-
O corpo inclinado para frente, indica entusiasmo e encoraja o envolvimento;
-
Olhar contínuo e confiante nos olhos demonstra que o participante está
focalizando a atenção em você;
-
Outros...
11 - Como concluir
bem uma reunião
-
Conclua os “outros assuntos”;
-
Resuma as discussões e recapitule as decisões;
-
Informe aos participantes, horário e local da próxima reunião;
-
Outros...
Exemplo de pauta
Tempo: 2horas
01. Acolhida / oração (10 min)
02. Formação (45 min)
-
Temas diversos (por meio de palestras, vídeos, textos, troca de
experiências...)
03. INTERVALO (15
min)
04. Informações gerais ( 35 min)
-
Missas / festividades / eventos
05. Outros assuntos (10 min).
06. Encerramento (05 min).
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
REFERÊNCIAS
Arístides L. Madureira. Pastoral da
Partilha – Manutenção. Salvador: Ed. A Partilha, 2004.
GANDIN, Danilo. A prática do
planejamento participativo. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
LÜCK, Heloísa. et.al. A
aplicação do planejamento estratégico na escola. Publicado
na revista Gestão em Rede, no. 19, abril, p. 8-13, 2000.
O QUE É UM PERFIL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Perfil_(comunidade) Acessado
em: 20 fev / 2013.
O QUE SIGNIFICA ORGANIZAÇÃO: http://www.gerenco.com.br/page3.html. Acessado em: 20
fev / 2013.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento, Projeto de
Ensino-Aprendizagem e Projeto Político Pedagógico. 14. ed. São Paulo:
Libertad, 2005.
Roteiro
organizado: por Eliezer Martins – email: eliezemartins@hotmail.com
Atualizado em 05 de junho de 2015.
FIM!
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