O DÍZIMO CATÓLICO - O QUE É?




I - O DÍZIMO NA IGREJA DO BRASIL 
Antes de refletir sobre o dízimo católico se faz necessário conhecer um pouco da caminhada deste na Igreja do Brasil.

O dízimo na Igreja
Desde1967 a CNBB procura aprofundar a compreensão do dízimo e estimular sua prática nas Comunidades como meio ordinário de sustentação da Evangelização. (Cf: CNBB, Dízimo, uma proposta bíblica, 2015, p.7)

Primeira publicação da CNBB
Estudos da CNBB n. 08 (1975)
Embora o tema apareça em diversos documentos, a primeira publicação da CNBB inteiramente dedicada ao dízimo é o volume 8 da coleção “Estudos da CNBB” – Pastoral do Dízimo, de 1975. 

Segunda publicação da CNBB
Subsídio “Dízimo, uma proposta bíblica(CNBB (2015).

Um dos objetivos deste subsídio foi: despertar novamente o interesse pelos Estudos n. 8 da CNBB. 

Terceira publicação da CNBB
Documento 106 (CNBB, 2016)

O processo de elaboração deste documento ocupou a atenção dos bispos em três Assembleias Gerais consecutivas, 2014, 2015* e 2016. Envolveu leigos (as), religiosos (as) e padres. Por fim foi aprovado por unanimidade e publicado em 29 / 06/ 2016.

II - O DÍZIMO CATÓLICO: O QUE É?

No sentido pastoral
“É uma contribuição sistemática e periódica dos fieis, por meio da qual cada comunidade assume corresponsavelmente sua sustentação e a da Igreja. (Cf.Documento da CNBB 106, n.06).

Contribuição sistemática
Quando o documento diz que o dízimo “é uma contribuição sistemática”. Isso significa que tal contribuição é estável, deve ser assumida de modo permanente.

Contribuição periódica
Quando o documento diz que o dízimo “é uma contribuição periódica”. Isso quer dizer que sua contribuição pode “ser mensal ou estar ligado às colheitas ou à venda de produtos, sendo realizada na ocasião em que se recebe o salário ou outros tipos de ganhos.” (Cf. Doc 106 da CNBB, n. 11).

No sentido bíblico – teológico

É um ato de e GRATIDÃO a Deus e AMOR à Igreja.

 Por quê?
Ato de Fé

O que diz a CNBB?
 “Alguém se torna dizimista, porque tem fé em Deus e confia nas suas promessas (Rm 4,18-25 e 2Cor 1,19-20).” (CNBB, 106 n.8).
Gratidão

O que diz a CNBB?
 “Deus é o Senhor de tudo o que existe, o proprietário da terra de onde provém o alimento e a fonte de toda benção (Lv 25,23; Sl 24,1).
Ao se entregar o dízimo a Deus, segundo a concepção bíblica, reconhece-se que tudo vem dele, por reconhecimento e gratidão, o melhor devemos dar a ele.” (CNBB, 106 n.14)
Amor
O que diz a CNBB?
 “O dízimo está também relacionado com o amor fraterno, pois manifesta a amizade que circula entre os membros da comunidade.” (CNBB, 106 n.8
 O princípio da gratidão
A gratidão é uma consequência do reconhecimento de que se recebeu algo de alguém. Pois só agradece quem reconhece.
Agir apenas pela razão
Aquele (a) que age apenas pela razão diz: “eu tenho graças aos meus esforços, graça ao meu trabalho.”
Agir pela razão e, sobretudo, pela fé
Quem age pela razão e, sobretudo, pela fé em Deus sempre vai dizer: “se não fosse Deus me dar força, saúde e abençoar o meu trabalho eu não teria nada. Graças a Deus eu tenho.”
Só agradece quem reconhece
Por isso, ao reconhecer que tudo que tem foi Deus que lhe deu, o fiel católico é convidado a agradecê-lo.

Dízimo: uma demonstração de gratidão
Existem várias formas de demonstrar essa gratidão a Deus. Uma delas é ajudar a Igreja em suas necessidades. Como ajudo a Igreja? Por meio do dízimo.

PARA REFLETIR!

1º) Gratidão a Deus tem limite?
Não. Por isso, quando a motivação para alguém ser dizimista é a gratidão a Deus, pode-se dizer que  tal contribuição não tem limite, depende do amor que o fiel sente pela sua Igreja (Paróquia e/ou comunidade).
Neste sentido o fiel pode contribuir com 10% de seus rendimentos ou menos de 10% ou mais.
Pois para Deus não importa a quantidade e sim a qualidade, ou seja, se essa contribuição é feita com e por amor à Igreja.
2º) A gratidão é individual?
Sim. Pois se fui eu quem recebi sou eu que devo agradecer. Logo se a motivação para alguém ser dizimista é a gratidão a Deus, pode-se dizer que tal contribuição deve ser individual. Pois cada fiel é convidado agradecer a Deus por tudo que recebeu dEle.
Também pode ser familiar
Mas é bom ressaltar que, se o casal preferir dar uma contribuição em nome da família isso é possível, desde que todos os membros da família tenham ciência do verdadeiro sentido do dízimo na Igreja.
3º) Alguém está dispensado de agradecer a Deus?
Não. Assim, se a motivação para ser dizimista é a gratidão a Deus, logo todos os fiéis são convidados a ser dizimistas.

Pense nisso!

O dízimo católico
O FIEL CATÓLICO NÃO “PAGA” O DÍZIMO À IGREJA, MAS AGRACEDE A DEUS POR MEIO DE SEU DÍZIMO.




Se você puder, contribua com o seu dízimo.


Muito obrigado!

Que Deus nos proteja! Amém.

Arquidiocese de Belém
EAPADI – Equipe Arquidiocesana de Pastoral do Dízimo

Material organizado pela EAPADI
E-mail: arquidiocesedebelem.eapadi@gmail.com
Atualizado em, novembro de 2023.

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